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  • Foto do escritorDra. Vanessa Santarosa

Conheça alguns riscos à saúde da mulher após a menopausa


Menopausa e seus riscos

     A menopausa representa o término do ciclo reprodutivo na mulher e tem como marco o fim da menstruação. Para muitas mulheres, isso representa um alívio, pois não é mais necessário se preocupar com a possibilidade de gravidez, os sintomas relacionados a TPM (tensão pré menstrual) nunca mais aparecerão e para as portadoras de mioma uterino, o intenso volume de sangramento na menstruação desaparecerá. No entanto, outras mudanças podem ocorrer e afetar significativamente a qualidade de vida da mulher e aumentar suas chances de desenvolver alguns problemas de saúde. Portanto, o acompanhamento médico é fundamental nesse período, principalmente para adotar medidas preventivas e garantir um início de menopausa mais saudável e sem estresse. Conheça alguns riscos relacionados à saúde da mulher após a menopausa:



Fraturas Ósseas


   A deficiência estrogênica aumenta a reabsorção óssea e, consequentemente, a densidade mineral óssea diminuiu. O resultado é um osso mais frágil e susceptível a fraturas ao mínimo impacto, ou mesmo espontâneas. A prevenção da osteopenia/osteoporose deve ser iniciada antes mesmo da menopausa, a mulher deve garantir um aporte adequado de cálcio na dieta, praticar regularmente uma atividade física de impacto e manter níveis adequados de vitamina D, seja através da suplementação ou da exposição solar.


Insônia e Apnéia do sono


     Os transtornos relacionados ao sono são comuns após a menopausa e muitas vezes negligenciados, porque simplesmente são atribuídos ao processo natural do envelhecimento. Aparecimento de roncos, pausas respiratórias, insônia, sono agitado e sonolência diurna podem indicar uma doença séria: a apnéia do sono. A privação do sono ou um sono de qualidade ruim são fatores de risco para obesidade e hipertensão arterial.  


Diabetes


       A idade avançada por si só aumenta o risco dessa doença, porém nas mulheres após a menopausa algumas mudanças que ocorrem incrementam ainda mais esse risco, como por exemplo, a mudança da composição corporal com predomínio de gordura abdominal e ganho de peso e o aumento da resistência insulínica devido os baixos índices de estrogênio.



Problemas cardíacos


       Infelizmente, a menopausa pode aumentar o risco de doenças cardíacas em até 2 vezes, principalmente se ela ocorrer de forma precoce, antes dos 40 a 45 anos de idade. A falta do estrogênio acarreta uma piora dos níveis de colesterol, aumentando o LDL colesterol (fração ruim) e diminuindo o HDL colesterol (fração boa), além de predispor o aumento da pressão arterial que, somados à resistência insulínica e piora da composição corporal que aparecem tipicamente nessa fase resultam na síndrome metabólica. Todos esses elementos contribuem para o risco cardiovascular, particularmente aumentando as chances de infarto agudo do miocáridio e acidente vascular cerebral (AVC).



Distúrbios urinários


Novamente, a falta de estrogênio é o grande responsável para as queixas urinárias na pós menopausa. Cistite de repetição e incontinência urinária no período do climatério ou na menopausa deve fazer o médico pensar no hipoestrogenismo como causa do afinamento da uretra, enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico e aparecimento de infecções do trato geniturinário.


       Reconhecer esses riscos e avaliar prós e contras do tratamento da menopausa com a terapia de reposição hormonal é papel do endocrinologista. Quando a reposição hormonal é indicada após uma avaliação individualizada, os benefícios superam os riscos e o tratamento certamente trará melhor qualidade de vida e ajudará na prevenção de doenças como obesidade, osteoporose e diabetes.



Dra. Vanessa Aoki Santarosa Costa

Médica Endocrinologista formada pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo

Atua em consultório médico particular na Vila Clementino, Zona Sul, São Paulo.



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