top of page
Foto do escritorDra. Vanessa Santarosa

Osteoporose

  

 

     A osteoporose é uma doença caracterizada pelo comprometimento da densidade mineral óssea (quantidade de massa óssea) associada a alterações de sua microarquitetura, mineralização e composição da matriz óssea (qualidade óssea) cuja consequência mais grave é o aumento na probabilidade de fraturas. Acomete mais o sexo feminino, cerca de 4 a 8x mais e é mais prevalente na pós menopausa, quando a perda de massa óssea acelera devido a deficiência estrogênica. Os principais fatores de risco relacionados a osteoporose são: idade, histórico familiar de osteoporose, raça branca ou amarela, baixo peso, sedentarismo e imobilização prolongada, tabagismo e etilismo, dieta pobre em cálcio e uso de alguns medicamentos como corticóides.

    A osteoporose é considerada primária quando está relacionada ao próprio processo de envelhecimento e à menopausa. Já a osteoporose de causa secundária atinge pessoas com doença renal, hepática, endócrina, hematológica ou decorrente de medicações como, por exemplo, corticóides. O exame mais adequado para o diagnóstico da osteoporose é a densitometria óssea, exame de baixa complexidade e simples de ser realizado e que permite avaliar o estágio da doença bem como serve de  instrumento no acompanhamento do tratamento.  Valores < -2,5 DP no T escore nos sítios de coluna lombar, colo do fêmur e fêmur total  faz o diagnóstico de osteoporose, ou osteopenia (T escore entre -1,0 a -2,4 DP) associado a fratura por queda de baixo impacto também sugere um quadro de osteoporose.

   O tratamento baseia-se no aumento da ingesta de leite e derivados ou suplementação com cálcio quando necessário, manutenção de níveis adequados de vitamina D e medicações que inibem a reabsorção óssea ou estimuladores da formação óssea. As medicações mais utilizadas são:

  • Bisfosfonatos: alendronato, risedronato, ibandronato e ácido zoledrônico. São as medicações atualmente mais prescritas para o tratamento da osteoporose. Essas medicações agem inibindo a reabsorção óssea e impedindo a perda de massa óssea a longo prazo. Diferem sobretudo na posologia - via oral 1x/semana, 1/mês ou endovenoso. Recomenda-se após 5 anos de uso rever a necessidade de manutenção do tratamento devido a supressão excessiva do turnover ósseo, porém casos graves de osteoporose o tratamento deve ser mantido por tempo indeterminado.

  • Ranelato de Estrôncio: atua tanto inibindo a reabsorção óssea quanto estimulando sua formação. Possui eficácia comprovada na redução do risco de fraturas, podendo ser uma alternativa aos bisfosfonatos.

  • Raloxifeno: substância capaz de se ligar aos receptores de estrogênio e induzir ações agosnistas e antagônicas aos estrogênios a depender do sítio-alvo. No osso, seu efeito é agonista com ação semelhante aos estrogênios promovendo ganho de massa óssea sobretudo em coluna lombar.

  • Teriparatida (PTH 1-34): possui estrutura semelhante à molécula do PTH, sendo um potente anabolizante do tecido ósseo, e o medicamento mais eficiente para aumentar a massa óssea. Diminuiu o risco de fraturas vertebrais e não vertebrais, mas o alto custo da medicação e seu modo de administração (injeções subcutâneas diárias) limitam seu uso. A duração do tratamento é de 2 anos.


Dra. Vanessa Aoki Santarosa Costa

Médica Endocrinologista formada pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo

Mestrado em Tireoidologia pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo

Foi  médica colaboradora no Ambulatório de Diabetes Gestacional da UNIFESP

Atua em consultório médico particular na Vila Clementino, Zona Sul, São Paulo.

491 visualizações

Posts recentes

Ver tudo

1 Comment


diolinalimadafonseca
Dec 15, 2022

Tenho 69 anos fazendo tratamento de câncer de mama, com osteopnia , causando dor lombar na vértebra 12 acima do cocore,, qual melhor cálcio pra repor massa óssea, aumentou após quimio ,, já comecei tomar vitamina D , agradeço por me orientar

Like
bottom of page