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Osteoporose ganha mais uma medicação no seu combate

  • Foto do escritor: Dra. Vanessa Santarosa
    Dra. Vanessa Santarosa
  • 17 de abr. de 2019
  • 2 min de leitura

Osteoporose, fratura

          O FDA - Food and Drug Administration- aprovou recentemente uma nova medicação para o tratamento da osteoporose nos Estados Unidos. Trata-se do composto romosozumabe, cujo nome comercial é Evenity. O romosozumabe é um anticorpo monoclonal que bloqueia os efeitos da proteína esclerostina, e é considerado uma medicação anabólica, diferentemente da maioria das outras medicações cujo principal efeito é a anti-reabsorção óssea. A esclerostina é uma proteína expressa nos osteócitos, e é um potente inibidor da atividade dos osteoblastos, células responsáveis pela formação óssea. O romosozumabe age bloqueando a esclerostina e permitindo a proliferação e diferenciação dos osteoblastos e, consequentemente, promovendo o aumento da densidade mineral óssea.

         Essa medicação está indicada para o tratamento da osteoporose pós menopausa em mulheres com alto risco de fratura, com histórico de fratura prévia, falha de tratamento ou intolerância às medicações convencionais. Apesar de altamente eficaz, a indicação é restrita devido os potenciais riscos relacionados ao seu uso, sendo o principal os efeitos cardiovasculares, uma vez que o romosozumabe aumenta as chances de infarto e acidente vascular cerebral. A medicação é de uso mensal e aplicação subcutânea e está indicada por um período não superior a um ano. Após esse tempo, caso haja necessidade de manutenção do tratamento, é recomendado substituir o romosozumabe por uma medicação anti-reabsortiva, os bisfosfonatos por exemplo. A principal contra-indicação para seu uso é a presença de hipocalcemia, condição que deve ser corrigida antes do início do tratamento. Assim como os bisfosfonatos, relatos de osteonecrose de mandíbula e fratura atípica do fêmur foram relatados com o romosozumabe.

         A eficácia do Evenity foi demonstrada em dois grandes estudos que envolveram mais de 11.000 mulheres na pós menopausa e portadoras de osteoporose. Em um deles, estudo FRAME (FRActure Study In Postmenopausal WoMen With OstEoporosis), o romosozumabe diminuiu o risco de fratura vertebral em 73% comparado com o placebo sendo que esse benefício foi mantido por mais um ano quando seguido do tratamento com uma medicação anti-reabsortiva (denosumabe). O segundo estudo, ARCH (Active-ContRolled FraCture Study In Postmenopausal Women With Osteoporosis At High Risk Of Fracture) mostrou que um ano de uso do Evenity seguido do alendronato (a medicação anti-rebsortiva mais utilizada no Brasil) reduziu o risco de fratura vertebral em 50% quando comparado com os pacientes que usaram dois anos seguidos o alendronato.

       Portanto trata-se de mais uma medicação eficaz e potente no arsenal do tratamento anabólico da osteoporose, cujo mecanismo de ação é diferente dos existentes no mercado atualmente, porém reservada para casos específicos. Novas medicações para o tratamento da osteoporose é de extrema importância, uma vez que, a medida em que a população envelhece, a prevalência dessa doença aumenta em paralelo assim como suas consequências.

 
 

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