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Efeitos do Coronavirus no Sistema Endocrinológico

  • Foto do escritor: Dra. Vanessa Santarosa
    Dra. Vanessa Santarosa
  • 11 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura


A epidemia pelo novo vírus SARS-CoV-1, agente etiológico do COVID-19, causa a princípio na maioria dos casos, sintomas leves e semelhantes a um estado gripal. No entanto, os estudos e pesquisas dos casos acometidos mostram cada vez mais, pós infecção, sintomas e sequelas nos diversos órgãos e sistemas. No sistema endocrinológico diversas complicações pós infecção pelo COVID têm sido relatadas.

Casos novos de diabetes após o COVID ou piora da doença preexistente em pacientes infectados é um alerta para os médicos endocrinologistas. O vírus aparentemente causa uma disfunção na secreção da insulina levando ao aumento da glicemia. Nesses pacientes, o controle rigoroso do diabetes é medida importante para a própria recuperação pós COVID. A intensificação do tratamento e a pesquisa ativa de diabetes pós a doença tornar-se necessária e indicada.

Relatos de casos de tireoide subaguda levando a alterações nos hormônios tireoidianos também têm sido descritos. À semelhança de outros vírus respiratórios apontados como fator gatilho para a tireoidite, como adenovírus e citomegalovírus, o SARS-Cov-1 também pode ocasionar tireoidite. Os sintomas se iniciam com dor cervical com irradiação para a mandíbula e febre (muitas vezes o quadro é confundido com uma inflamação de garganta). Na vigência do quadro, podem surgir sintomas do hipertireoidismo ou hipotireoidismo, que podem ser transitórios ou permanentes.

Outra glândula endócrina que pode ser afeta é a adrenal, levando à quadros de insuficiência adrenal parcial ou total. A deficiência de cortisol causa fadiga, hipotensão, tontura, fraqueza generalizada, perda de peso dentre outros sintomas. Um quadro de fadiga crônica, mal-estar generalizado pós a infecção pelo COVID pode ser decorrente ao acometimento da glândula adrenal, sendo necessário uma avaliação pelo endocrinologista para adequada reposição de corticoide. O uso de corticoide (dexametasona) tem se mostrado benéfico nos principais protocolos de tratamento para o COVID-19. Nos casos descritos de insuficiência adrenal, espera-se ocorrer recuperação espontânea no prazo de 12 meses.

Por fim, indivíduos com deficiência de vitamina D, mais considerada um hormônio do que vitamina, são mais susceptíveis à infecção pelo coronavírus. Garantir uma adequada reposição dessa vitamina traria benefícios ao sistema auto-imune e portanto poderia melhorar o prognóstico desses pacientes. Em tempos de pandemia, dosar e repor vitamina D é uma medida preventiva adicional recomendável.


Dra. Vanessa Aoki Santarosa Costa Médica Endocrinologista formada pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo Mestrado pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo Foi médica colaboradora no Ambulatório de Diabetes Gestacional da UNIFESP Atua em consultório médico particular na Vila Mariana, Zona Sul, São Paulo.


 
 

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